domingo, 30 de setembro de 2007

Hey, espere...
Desligue logo essa TV e o celular, não olhe agora para o relógio e feche bem os olhos para sentir melhor do que ver, afinal, dizem que só assim a percepção é incontestável; e foi exatamente isso que eu fiz. Fechei meu livro favorito, cobri os espelhos e acabei trocando tudo de lugar. O motivo? Bem, esse é a soma da saudade ao cubo com uma metade de dúvida.
Chegue mais perto, mais... Quero mostrar que são dez da noite, na televisão as coisas continuam em ritmo Fantástico e que o telefone ainda toca. Não, não sou eu, é você.
Agora abra os olhos novamente!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

so much beauty


...e ainda existem aquelas cenas onde a beleza da essência é o que conta, onde o que encanta é simples e mágico como um saco de plástico voando. E aí eu penso... Como dá pra ser belo sem se apoiar no falso? Como ter essa essência sem comprá-la em potes? Ouvi dizer que tirando os apaixonados, é impossível gostar sem conceitos, assim, sem pretensões estéticas.


_Ok espelho, agora somos você e eu, por favor não fuja, não torça o nariz, se é que você tem um e não fale sobre aquelas qualidades porque elas já me cansaram. Vamos lá, não quero ser mais uma Alice e me alienar do outro lado, se quiser me enganar tudo bem, me encontro na banca ao lado em alguma capa ou outdoor na rua.
"It was one of those days where it's a minute away from snowing and there was this electricity in the air. You can almost hear it. Right? And this bag was just dancing with me, like a little kid begging me to play with it, for 15 minutes. That´s the day i realized that there was this entire life behind things and this incredibly benevolent force that wanted me to know that there was no reason to be afraid... ever. Video's a poor excuse, i know, but it helps me remember, i need to remember, sometimes there's so much... beauty in the world. I feel like i can't take it and my heart is just going to cave in." (from American Beauty)

domingo, 23 de setembro de 2007

trouxa por opção, sempre


Tudo é escolha, por mais que não pareça, dá pra optar por usar azul pela manhã e também sem querer escolher dormir chateada hoje à noite. Eu costumo sempre achar que a segunda alternativa é a melhor, penso que quando seleciono qual o humor do dia, tudo acompanha e o resultado pode ser de ruim a péssimo com direito a cabelo sem jeito e vontade de mandar você para... um maravilhoso e confortável hotel fazenda, mordomias e diversões com o objetivo de que volte a amar o mundo, que por sinal estou dentro.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

encontro-me em você e em segundos você me perde mais uma vez...
penso em me afundar nesse universo de letreiros brilhantes e chamativos trocado por aquela realidade de tons pastéis,
mas direções opostas merecem um outro lado da cama
foi quando lembrei que sou tão metódica que sair da rotina às vezes resulta em pesadelos.

_eu tenho esperança e você tem medo do futuro.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

"até..."

Quando chega a hora eu mal posso pronunciar o quanto isso dói, afinal, os segundos parecem sempre ter o tempo suficiente pra irritar qualquer pessoa que deseja que os horários sejam extintos do dia-a-dia.

Penso em deitar, sentar, levantar, abraçar, correr ou até mesmo ignorar o fato, para não parecer clichê demais olhar e dizer "tchau", opto então por reticências eternas e uma resposta que ficou no ar.

_Volta logo?
_ ...

Sabe o que mais me preocupa? O fato de dizer que voltar logo não passa pela minha cabeça, odeio retornos, reencontros e dias de matar saudade. O que realmente acontece é que eu adoraria ficar para sempre.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

you only live once


Quais são as cores e as coisas pra te prender?

Quero dormir aquele sono de cinco dias, acordar para ter o melhor bom dia do mundo, olhar e ainda fazer careta. Vamos dançar no carrossel, fazer guerra de algodão doce e voar naquele balão que faz parte do parque de "DIVERSÕES" que eu tanto sonho que vai chegar para nunca mais ir embora.


domingo, 9 de setembro de 2007

See you at the bitter end


"Since we're feeling so anaesthetized In our comfort zone Reminds me of the second time That I followed you home We're running out of alibis On the second of May Reminds me of the summertime On this winters day S See you at the bitter end"

No climax do filme, um close para seus pensamentos revelam que a balança da vida oscila em borboletas no estômago e paz rotineira.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

the shape of things


Existe um centro entre tudo o que eu amo e aquilo que eu engulo sem mastigar, nesse intervalo de coisas o tempo pra pensar é quase nulo, mas ainda há centésimos de segundo em que às vezes tudo para e você se encontra em um "ahn?" tão grande ao ponto de perceber o quão ridícula a situação se torna e quantas vezes você olhou e simplesmente disse "tudo bem".


Horas como as últimas em que qualquer agulha caindo faz barulho, qualquer pingo transborda e qualquer "não" dá nó na garganta, e aí eu pergunto : Quem me conduz?


Não tenho dúvidas de que tenho vivido movida por qualquer outra coisa que não seja eu, resumindo? Eu não devo passar de uma tese, uma experimentação ou um interesse. A obra.


...the shape of things...

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

"talvez em outra hora, outra vida".



“Ele não corresponde a nada que eu tenha concebido a partir das minhas profundezas, é uma imagem totalmente nova, uma coisa de fora, uma coisa que o destino fez atravessar no meu caminho trazido de alguma esfera desconhecida. À medida que olho pra ele, à medida que me apaixono por ele aos bocados, descobri que sua brutalidade sempre me escapa. Meu amor faz todo o sentido, mas ele, o homem que procuro com amor desesperado e faminto esvai-se como elixir. É totalmente meu, quase meu escravo, mas não o possuo, sou eu a possuída, sou possuída por um amor de um tipo que jamais me fora oferecido, um amor que me engolfa, um amor total, até mesmo pelas unhas dos pés e pelas sujeiras embaixo delas, e ainda assim minhas mãos continuam sempre a tatear, continuam estendidas, tentando agarrar alguma coisa sem pegar nada. “

Henry Miller




Ele disse que a vida era essa e que teriam flores de cerejeiras, afinal, estamos no Japão, não estamos? Ela só queria saber se para o táxi ou se continua andando esperando um cotucão com aquele abraço.

terça-feira, 4 de setembro de 2007


"Pensei que ela

fosse um dia

mais diferente

do que esses dias

que eu costumo viver"

VANGUART



segunda-feira, 3 de setembro de 2007

every me and every you

Acordei e você nem me deu bom dia; coloquei aquele vestido que você tanto gosta, e nenhum elogio; atravessei a rua e vi você de longe, nem ao menos um "oi"; voltei e estava na sala... Desapareceu! Cada pedacinho daqui é um tudo de você.

sábado, 1 de setembro de 2007

Gostaria que o amanhã fosse ontem, para que o hoje fosse semana passada e outro dia fosse aquele mês, assim, eu seria muito melhor, e daqui 55 anos seríamos felizes, porque é assim que acontece, quando está tudo perfeito hoje, nada muda pra não piorar, não é? A felicidade é uma rotina? Momentos são rotina? Esse texto é uma rotina... Eu sou uma rotina.